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1 de março de 2018

A realidade de quem vive nas ruas

    
 Somente quem tem senso humanitário ou vivenciou a experiência de ter estado em condição de rua possuí sensibilidade, capaz de descrever o quanto é doloroso, desumano e humilhante a vida de quem mora nas ruas, ou melhor, de quem não tem vida! Ao sair em campo, o que vemos é o sofrimento das pessoas. Algo terrível, pois deparamo-nos com histórias de vidas incríveis e marcadas por acontecimentos trágicos que vão desde traumas a uma vida de humilhações. Trata-se de um fato lamentável, no entanto, que precisa ser retratado como é. Muitas informações são passadas com demagogia. Ao analisar par e passo de cada situação, percebemos que há pessoas com históricos tristes e outras com históricos marcados por escolhas que a projetaram para tal realidade, como os dependentes químicos que em boa parte dos casos, são deixados pela família, que se vê acuada e saturada com a situação. Com isto a mesma, sem generalizar acaba deixando o dependente seguir a sua vida. Por outro lado temos os usuários de drogas que em sua grande parte se enveredam para o submundo das drogas e perdem suas vidas por conta de uma infeliz escolha e por aí vai a extensa lista de casos que motivam a ida de muitos para a rua. Em meio a todas estas questões há casos e casos e não cabe a quem quer que seja fazer julgamento. Assistam ao vídeo abaixo do Programa: “Conexão Repórter” do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), apresentado pelo renomado jornalista: Roberto Cabrini:



   A situação de quem vive nas ruas é crítica. Sei que existem abrigos da prefeitura voltados para atender a estes casos. No entanto, não possuem o mínimo de segurança. Com isto muitos moradores de rua preferem ficar nas condições em que estão. Lógico que há também os casos de pessoas que optam por viver nas ruas por conta da acomodação gerada pelo recebimento de esmolas.  As pessoas precisam ter oportunidades de trabalho e serem incentivadas a trabalhar.  No entanto, as autoridades precisam olhar para esta realidade como um todo. Trata-se de uma questão de utilidade pública preservar  o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana defendido no artigo 1° inciso III da Constituição Federal. O fato é que esta calamidade atinge desde as pessoas acomodadas até famílias inteiras que por não ter como custear um aluguel, seja por desemprego, dentre outras situações acabam por ficar sem saída e buscam embaixo das marquises um lugar no qual possam se abrigar. Seres humanos que ficam sujeitos à fome, frio, sem um colchão, sem um cobertor, e sobretudo do apoio afetivo de alguém que os ouça e oriente. Existem até pessoas que possuem algum estudo, mas que por circunstâncias da vida foram parar em tais condições. Moradores de rua são julgados, humilhados e ultrajados na sua dignidade através do nojo dos que pensam e agem como se fossem melhores que o seu próximo. Indivíduos destituídos de humanidade.  Muitos se esquecem de que o mundo é como uma caixinha de surpresas e que todos, nós, indistintamente estamos sujeitos a parar em tal realidade. Basta à vida dar as suas voltas. Felizmente estas voltas ocorrem. Caros leitores, a arrogância com que muitos agem é algo que supera as barreiras da mais absoluta ignorância! Na minha concepção, tal pessoa imagina-se como o quê? Um Deus? Acima do bem e do mal. Oh, que imensa boçalidade. Todos deveriam refletir sobre o banho antes de olhar o seu próximo com indiferença e nojo. Digo isto por um simples fato: Se todos nós, seres humanos, não tomamos banho, ficamos com mau cheiro. Escrevo há anos sobre questões sociais e suas nuances, dentre diversas outras temáticas e não poderia furtar-me de utilizar de minha sincera opinião acerca de atitudes que a meu ver, são absurdas. Penso que, amar o nosso próximo é um mandamento cristão e uma atitude fundamental. A partir desta exposição sugiro que todos façam uma profunda autoanálise e uma imersão para dentro de si mesmo. Desta feita procurem rever conceitos e os que já praticam o bem continue a fazê-lo e, já os que se negam a prestar solidariedade reflitam sobre o dia de amanhã, pois o amanhã é incerto!

  Fica a minha sudação a todos e o meu clamor de que às autoridades públicas olhem pelos casos de pessoas que estão em condição de rua e perderam a conexão com a realidade. O governo possuí unidades CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), unidades na qual, a pessoa pode ficar internada e  receber atendimento específico o que é basilar em casos como este. Agora peço encarecidamente as autoridades que coloquem seguranças nos abrigos e deem condições para que as pessoas vivam  e se restabeleçam dignamente.  Excelente dia a todos!!



João Luciano Silva da Costa.




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